domingo, 18 de junho de 2017

Governo dos EUA vai checar as redes sociais de quem quiser tirar visto


É melhor você tomar cuidado com o que publica no Facebook ou em qualquer outra rede social, principalmente se pretende viajar para os Estados Unidos. Uma nova medida adotada pelo governo de Donald Trump obriga que qualquer pessoa tenha que preencher um questionário com dados sobre as redes sociais utilizadas nos últimos cinco anos.
A nova etapa de checagem foi aprovada no último dia 23 pelo Escritório de Gestão e Orçamento. Polêmica, a norma foi bastante criticada por profissionais e acadêmicos ligados ao setor educacional.

Apesar de só ter entrado em vigor agora, a medida já estava sendo discutida pelo menos desde 2015, ainda no governo de Barack Obama. Em dezembro do ano passado, após a eleição de Trump, o Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos aprovou a proposta, que deixa os processos de emissão de vistos mais criteriosos.
Além das informações sobre as redes sociais, as autoridades consultares também vão pedir aos interessados em obter o documento que garante acesso ao país norte-americano dados como todos os números de passaportes anteriores, endereços de e-mail e números de telefone.
Além disso, os solicitantes também podem ser obrigados a responder perguntas relacionadas com informações pessoais sobre endereços, locais de trabalho e viagens realizadas nos últimos 15 anos.
De posse dessas informações, a expectativa do governo Trump é de que as autoridades possam determinar de forma mais rigorosa quem pode ou não entrar nos Estados Unidos. “Essas informações são necessárias para confirmar a identidade ou conduzir uma verificação de segurança nacional mais rigorosa", explica uma autoridade do Departamento de Estado, conforme reportado pela agência Reuters.

segunda-feira, 12 de junho de 2017

Justiça confirma prisão perpétua ao maior traficante da Deep Web


Um tribunal de apelações negou o pedido de Ross Ulbricht para rever sua pena, e agora o homem apontado como criador e administrador do que um dia foi considerado o maior site de transações ilegais da Deep Web terá de passar o resto da vida na cadeia.
A pesada sentença foi dada em maio de 2015, três meses após a Justiça dos Estados Unidos tê-lo considerado culpado por uma série de crimes ligados ao Silk Road, um espaço em que se podia comprar drogas, identidades falsas e ferramentas hackers, entre outros produtos e serviços ilegais.
Ulbricht ocupava seu posto usando o pseudônimo "Dread Pirate Roberts" e, segundo reporta o TechCrunch, tentava convencer a Justiça de que a coleta do seu número de IP, peça chave no caso, foi feita sem mandado, o que violaria seus direitos constitucionais.
O tribunal de apelação responsável por analisar o pedido entendeu que não houve ilegalidades processuais, mantendo a sentença aplicada originalmente.

segunda-feira, 5 de junho de 2017

Pesquisadores vão usar células-tronco para tentar ressuscitar pessoas



Células-tronco são o milagre da medicina moderna e há pesquisadores explorando seu potencial para tudo quanto é problema, incluindo diabetes e esclerose lateral amiotrófica (ALS), a doença que inspirou o desafio do balde de gelo em 2013. Uma empresa, porém, quer extrapolar os limites do que vem sendo estudado para descobrir se essas células são capazes de reviver pessoas que já se foram.
A ideia partiu da Bioquark, que fica na Filadélfia. Segundo reporta o STAT, a empresa planeja lançar um estudo até o final deste ano sobre a possibilidade.
A ideia deles é injetar células-tronco na medula espinhal de gente que tenha tido a morte cerebral declarada. Isso, em conjunto com a injeção de uma mistura de proteínas, estimulações elétricas do sistema nervoso e terapia a laser no cérebro, supostamente faria com que o morto deixasse de ser morto.
Os pesquisadores esperam que o tratamento force o crescimento de novos neurônios e a sua conexão uns com os outros, fazendo o cérebro voltar a funcionar.
A Bioquark ainda sequer chegou a testar o método em animais. A empresa vinha conduzindo estudos em Rudrapur, na Índia, desde abril de 2016, mas, em novembro daquele ano, foi interrompida pelo governo, que disse não ter concedido qualquer autorização à empresa. Agora, o CEO Ira Pastor diz que eles estão de mudança para um país na América Latina.
Os vários poréns
O STAT conversou com uma série de especialistas, inclusive aqueles responsáveis por experimentos nos quais a Bioquark se apoia para o seu estudo, e nenhum deles acredita que a empresa terá sucesso. No ano passado, quando se soube das intenções, dois médicos publicaram um artigo criticando fortemente a equipe de Pastor, que acusaram de dar uma "esperança cruel e falsa de recuperação" a familiares.
Além da desconfiança, há também problemas éticos e conceituais a se levar em conta. Um deles diz respeito à declaração de morte: um estudo sobre 38 trabalhos publicados ao longo de 13 anos descobriu que, se as diretrizes da Academia Americana de Neurologia sobre morte cerebral fossem seguidas à risca, nenhum paciente jamais teria sido tratado para recuperar as funções do cérebro no país.
Há que se considerar ainda que existem drogas e venenos que imitam morte cerebral; se a Bioquark fizesse testes em pessoas assim, poderia matá-las de verdade. Além disso, como uma pessoa tecnicamente morta poderia concordar com sua participação num experimento como esse?

sexta-feira, 2 de junho de 2017

Bug no Windows permite que qualquer site trave seu computador


No que soa como uma homenagem sem graça a versões noventistas do Windows, foi descoberto recentemente que edições mais modernas do sistema operacional carregam um bug que, no passado, gerou muita dor de cabeça a quem tinha computador com o software da Microsoft.
A falha que afetava Windows 95 e 98 fazia com que a máquina parasse de funcionar caso houvesse tentativa, interna ou externa, de acessar um arquivo de nome específico.
Como lembra o Ars Technica, a questão era que o Windows separava alguns nomes para uso especial, e o que dava problema — "con" — servia para que o sistema lidasse com consoles físicos como teclado e monitor. Se o usuário tentasse chegar a um "c:\con\con", ou um site quisesse logar um arquivo pelo caminho "file:///c:/con/con", o computador seria trancado e só voltaria a funcionar depois de um reboot.
O mesmo tipo de problema existe nos Windows 7 e 8.1, só que com o arquivo de nome "$MFT". Conforme explica o Ars, trata-se de um dos arquivos especiais de metadados usado pelo sistema de arquivos NTFS; ele está escondido e é inacessível para a maior parte dos softwares. Só que, se o usuário tentar usá-lo como diretório — num caminho para outro arquivo, fazendo algo como "c:\$MFT\123" —, o computador é lacrado.
Nem todos os navegadores têm caminho livre até o $MFT, mas o Internet Explorer é uma das exceções. Assim, um desenvolvedor pode criar uma página que tenha instruções para que uma de suas imagens seja carregada usando o $MFT como diretório, o que faria com que a máquina do visitante desse pau pouco tempo após o acesso. Em alguns casos, o bug causa uma "tela azul da morte"; em outros, o efeito é tão forte que é preciso dar reboot.
A Microsoft ainda não se pronunciou a respeito da questão. O bug afeta também o Windows Vista, mas, como ele perdeu suporte, fica a expectativa por uma resolução para as outras duas versões do sistema — afinal, o 7 é usado por 48,5% dos computadores do mundo e o 8.1, por quase 7%.

quarta-feira, 31 de maio de 2017

Rumores espalhados pelo WhatsApp causam a morte de 7 pessoas



Se você precisava de mais alguma prova do perigo que as notícias e informações falsas compartilhadas pelas redes sociais representam, agora não precisa mais. Ontem, sete pessoas foram linchadas em dois incidentes diferentes no estado de Jharkhand, na Índia, por causa de um boato que circulou por WhatsApp na região dizendo que estranhos estavam sequestrando crianças.
As mensagens, segundo o Hindustan Times, diziam que "gangue de sequestradores de crianças" estava circulando pela área. "Os suspeitos sequestradores de crianças levam sedativos, injeções, spray, algodão e toalhas pequenas", dizia o texto. Mas de acordo com o delegado superintendente da região, Aminesh Naithany, "nem um único caso de sequestro de crianças foi reportado na área".
Mesmo assim, os moradores de regiões como Seraikela-Kharsawan e Singhbhum se armaram e ameaçaram pessoas estranhas que passavam pela região em resposta à mensagem falsa que circulava no WhatsApp. Ontem, turbas de até 500 homens atacaram e mataram sete pessoas, em duas ocasiões diferentes.
Relato de um sobrevivente
Uttam Verma, de 31 anos, conseguiu escapar de um dos ataques - que, no entanto, vitimou seus irmãos. Eles estavam de moto na aldeia de Nagadih quando se depararam com a estrada bloqueada por um cano e cercada por habitantes armados com arcos, machados e espadas. Um grupo deles acusou-os de serem sequestradores de crianças. Eles exigiram ver suas identidades, mas o irmão de Uttam estava sem documentos.
"As pessoas começaram a sair de suas casas, e a turba não parava de aumentar", contou ele ao New York Times. Uttam ligou para sua casa para pedir ajuda, e seu outro irmão, Gangesh, veio para a região. Mesmo assim, a confusão continuou a aumentar, em parte porque a língua falada pelos habitantes da aladeia era diferente da que os Verma falavam.
Eventualmente, policiais chegaram na cena, mas não ajudaram os irmãos. Uttam Verma conseguiu escapar porque os policiais o prenderam e levaram para a delegacia; seus irmãos, contudo, foram assassinados pela turba. Segundo o superintendente da polícia local, Prashant Anand, apenas quatro policiais patrulham a área, e a turba contava com mais de 500 pessoas.
Mentiras letais
De acordo com o Times, Naithany, o delegado superintendente da região, considerou que "as turbas intencionalmente mataram" as pessoas. "Eles sabiam que estavam fazendo justiça com as próprias mãos, e em vez de denunciar aquelas pessoas à polícia, eles os mataram", disse. 
Naithany reconhece que a falta de educação formal foi um dos fatores que permitiu que isso acontecesse. "Como as pessoas não são educadas, elas não conseguem diferenciar entre uma notícia verdadeira e um boato", comentou. Segundo ele, 20 pessoas que participaram dos linchamentos foram presas sob acusações de assassinato, e os policiais responsáveis pelas delegacias mais próximas das regiões dos ataques foram suspensos por negligência.

segunda-feira, 29 de maio de 2017

Governo notifica página de memes por usar fotos de Temer sem autorização



O Departamento de Produção e Divulgação de Imagem do Palácio do Planalto está enviando comunicados a páginas do Facebook que reproduzem memes com imagens de Michel Temer ou outras imagens feitas por canais oficiais. Segundo reportou o Zero Hora, a medida é uma tentativa do Planalto de evitar a associação da imagem do presidente a posts humorísticos.
A mensagem à qual o jornal teve acesso afirma que, embora as imagens estejam disponíveis para fins jornalísticos ou de divulgação das ações do governo, "para outras finalidades, é necessária autorização prévia". A notificação ainda informa que as imagens podem ser reproduzidas apenas com a citação dos créditos, o que é parte dos direitos morais do autor da foto original.

No último domingo, 21, o programa "Fantástico", da Globo, terminou com alguns dos memes que circulam na internet relacionados à atual crise política. No dia seguinte, ao menos uma das páginas cujas criações apareceram no programa recebeu a notificação do Planalto.
Foi o caso da página Capinaremos, criada pelo gaúcho Sandro Sanfelice. Em entrevista ao Zero Hora, o criador da página disse ter ficado apreensivo com a notificação. Ele afirma ter tentado, sem sucesso, entrar em contato com o Planalto, e que acha pouco provável que a notificação esteja relacionada à veiculação da imagem no "Fantástico". Mesmo assim, Sanfelice diz que pretende continuar produzindo memes, e reforçou a mensagem com memes sobre a situação:

quinta-feira, 25 de maio de 2017

Anonymous Brasil invade sistemas da Friboi e expõe banco de dados



A JBS, empresa brasileira gigante do setor alimentício conhecida pelas marcas Friboi e Seara e destaque no noticiário político por causar grave crise nos alicerces do governo de Michel Temer, foi vitimada por um ataque hacker do grupo Anonymous. Os ativistas conseguiram penetrar no banco de dados da empresa com a obtenção de senhas e criação de usuários.
O grupo também decidiu divulgar a estrutura de banco de dados para comprovar a invasão aos sistemas da JBS, mas não apresentou nenhum dado sigiloso ou comprometedor sobre o que estava guardado nestes bancos. Os autores do ataque afirmam ter mudado “algumas etiquetas na área de produção” e criado “alguns usuários dentro dos seus 9785”, apontando que os acessos e senhas estão monitorados.
O texto que introduz a publicação dos dados serve como protesto contra a situação que o Brasil vive atualmente, reclamando “dessa corja de ladrões, corruptos, filhos da p... que estão acabando com o nosso povo e nosso país”. Eles concluem afirmando que não irão sossegar: “vocês podem pegar um, dois, três ou quatro de nós, mas nunca conseguirão deter a todos”.
O manifesto também faz questão de mencionar que o problema não são os honestos trabalhadores da companhia, embora o ataque não tenha exposto os executivos do alto escalão, que são os responsáveis pelas delações e pelas relações, muitas vezes escusas, com os políticos nacionais.

quarta-feira, 24 de maio de 2017

Tribunal aceita tique azul do WhatsApp como prova judicial


Na Índia, um imbróglio familiar teve o WhatsApp como ferramenta judicial quando um juiz aceitou o tique duplo azul como comprovação de que uma série de notificações foram recebidas.
O caso aconteceu em Delhi, segundo reporta o Indian Express. Um homem pediu na Justiça que seu filho, a nora, seus pais e mais um amigo fossem impedidos de entrar em sua casa; quando o tribunal ordenou que todos os envolvidos fossem notificados, ele argumentou que não haveria tempo hábil para tal, e que as pessoas poderiam acabar aparecendo antes da entrega, então a Justiça permitiu que os avisos fossem feitos pelo WhatsApp.
O demandante entregou a notificação ao filho em mãos, mas o fez via WhatsApp aos demais. Assim que viu os dois tiques azuis, tirou capturas de tela e as levou ao tribunal, que aceitou aquilo como comprovação de que as pessoas estavam avisadas. "Esses réus, portanto, certamente tiveram conhecimento das convocações e da audiência hoje", avaliou a Justiça.

segunda-feira, 22 de maio de 2017

WhatsApp lançará aplicativo para desktop na loja do Windows 10



Durante a sua conferência de desenvolvedores, na semana passada, a Microsoft anunciou que a Apple lançará um aplicativo do iTunes na Windows Store, assim como o Spotify. Porém, essas não são as únicas empresas grandes que vão estar presentes na loja online.
O WhatsApp indicou, recentemente, que lançará um aplicativo para desktop na loja do Windows 10. O app é muito parecido com o disponível para web, com a possibilidade de compartilhar fotos, vídeos, documentos, entre outros recursos.
Ainda assim, o usuário vai precisar estar com o smartphone conectado para que as mensagens sejam espelhadas para a tela do computador. Ainda não se sabe quando o aplicativo estará disponível.

sábado, 20 de maio de 2017

Senado abre enquete para discutir a redução dos impostos sobre games



Jogos de videogame no Brasil são uma coisa extremamente cara, e qualquer pessoa que tenha um console já sabe disso. Um dos motivos para tal é alta carga tributária incidente sobre este tipo de produto, que faz o custo de venda disparar. Agora, o Senado está avaliando uma proposta de redução dos impostos sobre a categoria e quer a sua opinião sobre o assunto.
Para isso, o Senado abriu uma enquete pública para que cidadãos opinem se gostariam de ver a carga tributária que incide sobre jogos de videogames serem reduzidas de 72% para apenas 9%. Você pode votar neste link.
Que fique claro, no entanto, que ainda não se trata de um projeto de lei, mas apenas uma Sugestão Legislativa enviada por um cidadão comum no portal e-Cidadania. A publicação foi feita no dia 8 de maio e teve mais de 20 mil manifestações de apoio; por regra do Senado, qualquer sugestão com tanto apoio deve ser analisada pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa.
O senador Telmário Mota (PTB-RR) foi designado como relator da matéria e ficou com a missão de emitir um parecer inicial sobre a sugestão, que pode determinar se ela avança ou não no Congresso.
Na descrição da sugestão, o autor diz que “atualmente os impostos cobrados sobre games são de 72%, um dos maiores do mundo. Isso faz com que muitos brasileiros como eu evitem comprar jogos, porque é tudo caro demais. Os Estados Unidos atualmente cobram 9% de impostos sobre games, e isso causou o mercado de lá a ser o maior do mundo de jogos”. Ele também cita que a redução de preços pode ser um incentivo para a compra de produtos originais no lugar dos piratas, movimentando mais dinheiro para lojistas e possivelmente proporcionando aumento de arrecadação para o governo.

quarta-feira, 17 de maio de 2017

Na Irlanda, lei quer proibir crianças com menos de 14 anos de terem smartphone



Qual é a idade ideal para ter seu primeiro celular? Um novo projeto de lei na Irlanda quer proibir que as lojas vendam celulares que acessem a internet para pessoas com menos de 14 anos. O projeto também quer impedir que os pais deem a seus filhos com menos de 14 anos qualquer dispositivo portátil que tenha acesso à web ou que qualquer pessoa forneça informações de acesso a uma rede Wi-Fi.
O objetivo, segundo os responsáveis pela ideia, é forçar as fabricantes a desenvolver smartphones e tablets voltados ao público infantil e adolescente, com acesso limitado à internet, além de garantir, ao menos momentaneamente, que as crianças não tenham acesso a um conteúdo impróprio para sua idade. "Essencialmente, você está dando a seu filho de sete ou oito anos um dispositivo móvel que lhe permite acessar pornografia ilimitada e de todos os tipos", explica Jim Daly, que trabalha no projeto.
Multa
Quem infringir a lei, seja um estabelecimento ou responsável pela criança, vai pagar uma multa de até € 100. O valor é semelhante ao cobrado como multa, caso se ofereça bebida alcoólica a alguém com menos de 18 anos. "É uma lei para ajudar os pais a dizer não para seus filhos de oito, nove ou dez anos, que imploram para possuir esses dispositivos porque todos os seus amigos têm um", declara.

segunda-feira, 15 de maio de 2017

Hacker encontra forma de parar onda de ataques que se espalhou pelo mundo



A onda de ataques cibernéticos que atingiu o mundo todo na tarde da última sexta-feira, 13, finalmente parece ter parado de se espalhar. Isso graças a um pesquisador de segurança, que encontrou, por acidente, uma forma de interromper o avanço do ransomware.
O pesquisador, que comanda o site MalwareTech e também desenvolveu um mapa para rastrear em tempo real o vírus "WannaCrypt0r", encontrou no código do ransomware a chave para pará-lo: um domínio na internet que ainda não havia sido registrado.

Como explica o jornal britânico The Guardian, o vírus vinha com esse "botão de desligar" inserido em seu código-fonte. O programa fazia uma requisição a um domínio específico e, se o domínio estivesse no ar, o malware para de se espalhar. Provavelmente foi um recurso de segurança inserido pelos próprios criadores do ataque para manter a propagação do vírus sob controle.
Isso foi o que o pesquisador descobriu, por acidente, ao registrar o domínio por apenas 10 libras esterlinas. "Ele ganhou o prêmio de herói por acidente do dia", disse Ryan Kalember, pesquisador da empresa de segurança Proofpoint e que confirmou a queda no número de infecções com o WannaCrypt0r na manhã deste sábado, 13.
Mas, segundo esse "herói por acidente", esta é uma solução temporária, com função apenas de desacelerar a propagação do ataque. É importante que todos os computadores vulneráveis atualizem seus sistemas o mais rapidamente possível. Saiba como se prevenir clicando aqui.
Infelizmente, a vacina só chegou depois que dezenas de milhares de computadores ao redor do mundo já haviam sido infectados. Por outro lado, agora as empresas e instituições que ainda não foram afetadas têm tempo para atualizar seus sistemas operacionais e se prevenirem antes que seja tarde.
O vírus, classificado como ransomware, bloqueia o acesso a todos os arquivos no computador de uma vítima, e só os devolve depois que for feito um pagamento de 300 dólares em bitcoins. Pesquisadores estimam que os hackers por trás do ataque receberam pouco mais de US$ 20 mil das vítimas até agora.

sábado, 13 de maio de 2017

Netflix está dando um ano de assinatura grátis? Não caia em mais esse golpe



Se você receber um link no WhatsApp acompanhado da promessa de um ano de assinatura grátis na Netflix, não acredite. A empresa não está oferecendo um ano gratuito. Trata-se de mais um golpe circulando pela internet - e um bem elaborado, diga-se.
Ao clicar no link, o usuário é levado a uma página bem parecida com a da Netflix de verdade. Mas basta verificar o endereço no navegador e a farsa já parece mais evidente: o site é netfliix.org, com dois "is", e não tem nada a ver com netflix.com, site oficial da plataforma de streaming.

Quando a vítima clica em "Assista grátis por um ano", surge uma página contando a disponibilidade de contas gratuitas na região. É um contador falso, feito apenas para dar mais credibilidade ao golpe. O número é gerado aletoriamente, e a localização é tirada de um código no navegador, como explica o site E-farsas.
Depois disso, surge outra tela pedindo que o usuário convide mais 10 pessoas por WhatsApp para ativar a conta grátis. O objetivo do golpe é não só se espalhar mais rapidamente como também ter acesso a dados das vítimas, incluindo número do telefone e cartão de crédito. A própria Netflix confirmou, em tom de bom humor, que essa "promoção" não passa de um golpe.
Não tem promoção nenhuma rolando, gente. É golpe. A Jessica Jones já está no caso.
Portanto, reiteramos: se você receber essa suposta oferta no seu WhatsApp, desconfie, alerte seus amigos e não clique no link.

quarta-feira, 10 de maio de 2017

CNH ganha QR-Code para evitar fraudes e falsificações


O velho modelo, sem código de barras bidimensional e dados criptografados, será substituído gradualmente, à medida que os motoristas renovarem o documento


As carteiras nacionais de habilitação (CNHs) brasileiras estão sendo emitidas com um novo item de segurança para dificultar fraudes e falsificações, o QR Code (do inglês, Código de Resposta Rápida).

Segundo o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), cerca de 300 mil carteiras já foram emitidas em todo o país desde 1º de maio. O velho modelo, sem código de barras bidimensional e dados criptografados, será substituído gradualmente, à medida que os motoristas forem renovando suas habilitações, que têm validade de cinco anos. A nova carteira não exige a substituição das CNHs cujo prazo de validade não tenha expirado.
De acordo com o diretor do Denatran, Elmer Vicenzi, a nova tecnologia permite que a foto do documento apresentado pelo cidadão seja comparada à imagem armazenada no banco de dados do Registro Nacional de Condutores Habilitados (Renach). A checagem pode ser feita offline, permitindo que policiais rodoviários e outros agentes de segurança usem a tecnologia mesmo quando estiverem em rodovias e estradas distantes dos centros urbanos.
“O código permite a agentes de segurança pública e a qualquer outra pessoa conferir a imagem da carteira de motorista”, explicou Vicenzi, destacando que a nova carteira beneficiará também as atividades econômicas nos quais a CNH é requisitada para comprovar a identidade do portador, como bancos, estabelecimentos comerciais, entre outros.
“As informações que estão disponíveis no QR Code são as mesmas informações biográficas disponíveis na CNH, um dos principais documentos de identificação do cidadão. O QR Code é o primeiro elemento de segurança para a conferência das fotografias, já que a modalidade de falsificação mais comum é manter os dados biográficos [pessoais] do titular, mudando apenas a foto. Agora, qualquer pessoa interessada pode conferir a autenticidade do documento, o que traz segurança jurídica e agilidade aos negócios.”
O Denatran não prevê nenhum custo adicional aos motoristas, mas, como a emissão da CNH é regulamentada pelos estados, caberá às unidades da federação regulamentar a taxa a ser cobrada. Desenvolvido pelo Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), o aplicativo (Lince) usado na leitura do código digital está disponível para o sistema Android e iOS e pode ser baixado no celular.
A diretora-presidenta da empresa pública de tecnologia, Maria da Glória Guimarães, reforçou a amplitude do uso da CNH, “um dos documentos mais seguros do país”. “Temos muitas utilizações para esse documento e é um marco partirmos para um modelo digital, que permitirá sua autenticidade.”
        Via Veja

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