Geraldo Alckmin, atual governador de São Paulo, entrou com uma ação contra o Twitter para obrigar a empresa a fornecer a identidade de seis usuários que o chamaram de "ladrão de merenda" e "corrupto" em postagens na rede social. O político pede que sejam fornecidos os IPs e dados cadastrais dos usuários.
Alckmin afirma que os comentários "extrapolam os limites da liberdade de expressão" e pede à Justiça de São Paulo que autorize a quebra de sigilo para que possa processar individualmente essas pessoas. O governador anexou ao processo cópias das mensagens que considerou ofensivas e contou o número de vezes que um dos perfis o chamou dos nomes citados.
"A cada três postagens desse perfil, uma se refere ao autor [Alckmin], sempre negativamente, e, algumas vezes, ultrapassando os limites do tolerável", explica Anderson Pomini, advogado do governador e próximo secretário de Assuntos Jurídicos da cidade de São Paulo - já nomeado pelo prefeito eleito João Doria.
A maior parte das postagens cita o escândalo da merenda em São Paulo, que investiga desvios em contratos feitos por municípios com a Secretaria da Educação do Estado. Pomini chegou a pedir que o processo tramitasse em segredo de Justiça, mas o pedido foi negado pelo juiz responsável pelo caso. Questionado pela Folha de S.Paulo, o Twitter disse que não comenta ações em tramitação.
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