Se for uma ponte aérea (uma horinha), tudo bem; mas em pleno século 21, ninguém merece ficar oito, nove...quinze horas desconectado. Atualmente, as ofertas de acesso à internet dentro de aviões são feitas via satélite – e são raras em voos saindo aqui do Brasil. Agora, uma nova tecnologia, batizada de “Air to Ground”, usa o 4G para fornecer conexão de banda larga móvel dentro do avião.
Funciona assim: as estações rádio base emitem um sinal em forma de cone que cria uma área de cobertura 4G no céu. Como não encontra obstáculos no caminho, o sinal ultrapassa os 10 quilômetros de altitude. E cada célula abrange um raio de até 150 quilômetros.
Comparada com o que existe hoje, a cobertura promete ser mais eficiente e mais barata. No caso dos satélites, poucos são usados para cobrir continentes inteiros. Isso faz com que toda capacidade de transmissão daquele satélite – não só de internet – seja compartilhada pelos diferentes serviços oferecidos, o que acaba comprometendo a qualidade da conexão dentro do avião.
Em fase de testes na Europa, o “Air to Ground” tem mostrado bons resultados. A tecnologia só funciona em áreas terrestres, afinal é impossível instalar antenas nos oceanos ou florestas. Neste caso, para garantir cobertura em qualquer tipo de rota, é preciso adotar uma solução híbrida e contar com o apoio dos satélites quando o 4G não estiver disponível.
Para quem gosta de números, os testes são animadores. A velocidade média alcançada nesta primeira fase é de 75 megabits por segundo para download e 21 mega para upload – mais do que o suficiente para se entreter durante as longas horas de voo ou até adiantar um pouco do trabalho. A tecnologia deve se tornar comercial já este ano. Por enquanto, só na Europa... A boa notícia é que o Brasil já definiu faixas de frequência para alocar esse tipo de serviço. Falta regulamentar... Vamos ver quanto tempo isso leva.
Via Olhar Digital
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